quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O poder passa por aqui


                                                                                                                         Foto: Victorino Biázio Zolet
Em campanha política para à presidência da República em 1960. Na porta da Prefeitura Municipal de Chapecó Av. Getúlio Dorneles Vargas, em frente à  Praça Coronel Bertaso.

       Um grupo de correligionários chapecoenses do partido da UDN – União Democrática Nacional liderados por  Gentil Bellani (Oficial do Registro de Imóveis), Alcindo Silva (Responsável pelo Detran), Vinicius Tortatto (Vereador de Chapecó na década de 60), Ávio Ribas Bittencourt (Responsável pelo Serviço de Inspeção Federal no Frigorífico Lunardi de Xaxim), Raul Bartolomei (na época agente de passagens na antiga rodoviária - atual terminal urbano de Chapecó. A rodoviária de Chapecó situada no bairro Passo dos Fortes leva seu nome) e o jovem Milton Sander que posteriormente foi Prefeito de Chapecó por duas vezes.




         De acordo com a coluna de João Vieda, jornalista do Diário da Manhã, o grupo foi a Florianópolis apoiar a candidatura de Jânio Quadros à Presidência e Irineu Bornhausen à Governador do Estado. Na época, a viagem durava três dias. Ao retornar, o grupo voltou pelo Estado do Rio Grande do Sul. O tempo gasto no percurso fez com que alguns integrantes ficassem desprovidos de dinheiro. O auxílio financeiro foi do pai de Milton Sander, Leopoldo Sander, que garantiu as despesas de retorno.

         Durante sua campanha à Presidência da República ele esteve em Chapecó pedindo apoio ao pleito nacional. Quadros fez seu discurso nos degraus do acesso principal da sede da prefeitura na época, rodeado pelo povo chapecoense.



       Jânio Quadros herdou o pleito de Juscelino Kubitschek, sendo eleito com 5.626.623 votos. Já assumiu o governo em 31 de janeiro de 1961, após romper o controle das cúpulas partidárias que apoiavam a candidatura do seu opositor, general Henrique Duffler Teixeira Lott, que somava cerca de 80% do eleitorado. 

No comando tomou medidas um tanto convertidas, como por exemplo, a proibição do uso de biquínis nas praias. Além de condecorar Ernesto “Che” Guevara com a mais importante comenda brasileira da época. Ele ainda rompeu com o partido que o elegeu, a UDN, provocando descontentamentos.




Após oito meses de governo e em meio à turbulência que ocorria, em 25 de agosto de 1961, renunciou ao posto de Presidente da República.


Como o vice-presidente foi vetado pelos Ministros Militares, o então Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu o poder do País por alguns dias.


Em 1962, Jânio voltou a concorrer eleições, dessa vez a Governo de São Paulo, mas foi derrotado, logo mais tarde em 1964 perdeu seus direitos políticos devido à ditadura militar no Brasil. 
Fonte:
O Poder Militar – Hélio Silva

CEOM - Centro da Memória do Oeste de Santa Catarina

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